Os Vingadores estreia apenas em abril, mas a especulação em torno da sua respectiva sequência já começou. Joss Whedon revelou ao SFX que o próximo filme deverá ser "menor e mais pessoal".
De acordo com o diretor, para superar o tom épico do primeiro filme será preciso fazer exatamente o oposto: "Será preciso não tentar superar nada. Ser menor. Mais pessoal, mas doloroso. Sendo a próxima coisa que aconteceria a esses personagens e não apenas mais uma reprise do que funcionou a primeira vez. Tendo um tema que é completamente novo e fresco."
Voltando seu foco ao primeiro filme, Whedon disse que, mesmo com um elenco tão grandioso, tentou dar aos heróis tempo suficiente em tela para mostrar "o que os torna incríveis": "Quero saber o que os motiva, quais são suas falhas, o que os faz lutar e, por fim, o que os torna incríveis. Eu vejo esse tipo de filme por esses momentos em que os heróis são definidos, seja por suas ações ou por discursos deliciosamente elaborados", explicou.
O diretor aproveitou para elucidar a dúvida que existia em torno da armadura do Homem de Ferro - que agora deveria trazer um triângulo no peito, ao invés do círculo brilhante, de acordo com o segundo filme do herói.
Segundo o diretor, o filme terá duas armaduras, já que haverá um "desgaste" da armadura com o unifeixe triangular: "É uma espécie de tradição da Marvel, 'nós gostamos de mudar, gostamos de ver os uniformes evoluírem', e eu disse, 'ótimo, então vocês vão voltar para o círculo pois o triângulo é péssimo'. Sou um classista. O círculo tem significado, o triângulo não", revelou.
Especificamente, sobre a identidade do exército alienígena de Loki.
Segundo Whedon, os aliens do filme não são Skrulls nem Kree - as duas principais raças do espaço no Universo Marvel. "Esses dois aliens são marcas da Marvel e têm uma gigantesca história própria. Não daria pra contar a história deles em um filme que já tem sete astros de cinema... Os Skrulls consegue mudar de forma. Isso já é uma coisa. Eu já tenho Loki, que mexe com mágica. Conseguir conciliar a mágica com [personagens como] Homem de Ferro e Viúva Negra já é trabalhoso", diz.
O diretor faz parecer que tudo é parte de uma decisão criativa, mas não podemos esquecer que os Skrulls, tendo sido criados com o Quarteto Fantástico, devem estar no pacote de direitos contratuais que atualmente não pertencem ao Marvel Studios, mas à Fox.
E finalmente, falou sobre sua abordagem para o Hulk no filme que reúne os heróis Marvel Comics no cinema.
Para Whedon, havia muito o que mudar nesta nova versão do personagem e as duas anteriores do cinema. “Buscamos um Bruce Banner que não era obcecado pelos seus próprio problemas e um Hulk que não era apenas carne e sangue ou uma computação gráfica que urra, mas uma extensão de Bruce. Um Hulk que parecesse perigoso, que talvez possa machucar alguém de quem nos importamos, que pertença a um filme clássico de horror. E muito mais. Ele é o personagem mais difícil de executar, mas foi o mais divertido, de longe”.
O diretor também explicou que o Bruce Banner de Mark Ruffalo "é uma montanha de contradições. Gracioso e atrapalhado, tímido e confiante, erudito mas trabalhador, divertido e triste. E contradições são o que fazem do Hulk o que ele é".
Pra completar, Whedon falou que adoraria ver "um caminhão" de Vingadores nas telas. "Praticamente todos têm chance. Menos o Magnum. Esse eu nunca entendi para que serve".
Os Vingadores - The Avengers estreia em 27 de abril.
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