
Domingo de clássico. Sol a pino. As arquibancadas lotadas esperando mais um massacre do time da cidade sobre o adversário. Começa o jogo e ainda no primeiro lance… BUM!! BUM!!! BUM!!! Explosões em série destroem o gramado. O desespero e a correria do público é generalizada, com pessoas pulando por cima das cadeiras ou deitando no chão para tentar se proteger de novos ataques enquanto homens armados descem as arquibancadas. O jogador que ia comemorar o lance olha para trás e só vê destruição e, lá no túnel, um cara bem grande e mascarado entra no gramado escoltado por mais capangas puxando uma esfera metálica e arrastando uma pessoa.

Este cenário de atentado terrorista que vi acontecer na minha frente foi real. E em breve você também poderá vê-lo nos cinemas. Tudo isso aconteceu no dia em que voltei à Gotham City criada por Christopher Nolan. Eu não apenas sobrevivi como ainda ganhei uma camiseta do Gotham Rogues, time de futebol-americano de Gotham City, que desta vez pegou emprestado cenários na Índia, Londres, Nova York, Los Angeles, Glasgow e Pittsburgh, cidade para onde fomos.


Longe do Sol
Enquanto esta gente toda queimava no sol forte que castigava as arquibancadas do Heinz Field, nós jornalistas recebíamos visitas dos produtores e atores. A primeira a aparecer por lá foi a esposa de Christopher Nolan, a produtora Emma Thomas.



Thomas também falou que aquela cena não era uma introdução do personagem Bane (Tom Hardy), mas sim o momento que ele chama atenção de todos para dizer ao povo de Gotham qual o seu plano. "Nós mantivemos as informações do personagem que funcionam para este universo. Dá para reconhecê-lo, mas tem coisas que mudamos porque não funcionariam", complementou Thomas sobre o vilão do filme. Aliás, "um dos vilões", como ela própria disse mais tarde.
Ainda sobre Bane, a produtora disse que ele "é um vilão bem diferente. Mais físico". O próprio Tom Hardy também falou um pouco do personagem, que ele aparentemente levou bastante a sério. Quando foi perguntado se Bane seria alguém à altura do Batman, que é conhecido tanto pelo seu intelecto quanto pelo seu porte físico, Hardy rapidamente respondeu: "Tudo o que eu consigo ouvir é que você está me chamando de burro. (gargalhadas) Eu meio que estou com vontade de virar esta mesa e te jogar pela janela. Isso responde a sua pergunta?"
No resto do tempo, Hardy foi bastante lacônico e evasivo. Falou, por exemplo, da dura pressão que muitas pessoas veem no papel, principalmente depois da atuação de Heath Ledger como o Coringa. "Não estou apreensivo. Isso me colocaria em uma competição contra um cara que foi claramente brilhante, e não é uma questão de quem é mais talentoso ou trabalha melhor. É só sobre tentar fazer o melhor que nós podemos, em vez de tentar ser melhor do que alguém", disse.

Salto Alto
Enquanto Emma Thomas ainda estava na sala, um cachorro entrou na sala. Era Esme, o animal de estimação de Anne Hathaway, a nova Mulher-Gato. A primeira coisa que a atriz disse foi que "quanto comecei, meu primeiro grande filme foi O Diário da Princesa e durante as entrevistas, as pessoas perguntavam se eu sempre sonhava em ser uma princesa, e a verdade é que não! Eu queria ser a Mulher-Gato. Acho que várias meninas sentem a mesma coisa, certamente muitas mulheres também. E a verdade é que isso é a realização de um sonho para mim. E o fato de que sou a Mulher-Gato na Gotham do Chris Nolan, ao lado de Christian Bale como Batman é inacreditavelmente demais", disse toda entusiasmada.
"Desde pequena, eu amava o senso de humor da Mulher-Gato. Adoro como ela é esguia. Adoro - usando uma metáfora felina - como ela anda em cima do muro e você não sabe muito bem de que lado ela vai descer. Ela é totalmente independente. Vamos dizer a verdade, ela é fodona", complementou.
Sobre a preparação física para o papel, Hathaway disse que "sempre achei que estava em boa forma e que mandava bem na academia. Mas descobri que o que eu achava que era pegar pesado, no mundo de Mulher-Gato é apenas leve para moderado. Tive que me desdobrar. E tenho a melhor dublê do mundo, que me levou e levou a personagem a um outro nível."


Rindo à toa
Logo após a Srta. Hathaway, quem entrou na sala foi Christian Bale. E ao contrário da visita ao set do segundo filme, quando ele estava extremamente cansado, desta vez ele estava completamente relaxado. Primeiro porque tinha acabado de ganhar o seu Oscar, por O Vencedor. Mas principalmente porque ele estava de folga naquele dia e só passou lá no estádio para conversar com a gente.
E foi mesmo quem mais falou! Começando pelo visual: "Sim, este cabelo mais longo tem um pouco de... significado para a trama. A gente sempre dá uma bagunçada. Em cada filme que nós fizemos do Batman, nós fizemos coisas com o cabelo, adaptando o visual ao longo do filme. Quanto mais longo, mais podemos brincar com ele", disse.
Queríamos saber quanto tempo se passou entre os filmes. "Vamos dizer que foram alguns anos. Não sei se o Chris gostaria que eu dissesse exatamente quanto tempo passou, mas posso garantir que não é no dia seguinte e que temos muitas mudanças nele. Na maioria das pessoas, o tempo ajuda a cicatrizar as feridas, mas acho que com ele é diferente. Ele não quer esquecer. Ele quer manter a raiva que sentiu àquela injustiça e ao mesmo tempo ele quer apresentar esta persona sem alma a Gotham para que ninguém suspeite dele e continuem pensando nele como um riquinho mimado. E temos muitas novas descobertas, verdades vindo à tona e a grande pergunta, que é "qual a coisa certa a ser feita? Manter as mentiras e deixar as pessoas se sentindo bem ou contar a verdade e devastar suas vidas?", respondeu.
Sobre a parceria com Nolan, Bale disse que "é ótimo ter alguém como Chris no comando. Ele é confiante, sabe o que quer e faz as coisas sem precisar de uma rede de segurança. Em alguns momentos eu perguntei a ele "Você tem certeza que não quer que eu faça de um jeito diferente? Posso fazer de um outro jeito. E se você quiser mudar as coisas na edição depois? Posso fazer essa cena de uns três ou quatro jeitos diferentes", e ele me dizia apenas "Não. Eu sei o que eu quero. É exatamente isso o que eu preciso". Ele é muito firme no que necessita".
Bale também falou sobre o trabalho com Tom Hardy. "Ele é um tipo alegre, que traz essa energia para o set todos os dias. Ele tem um baita personagem para criar e ele é o cara. Estou muito impressionado", complementou.
Tanto Bale quanto Hardy falaram também sobre seus figurinos. Bale disse que vai sentir falta de usar o uniforme do Batman. "Apesar do desconforto, o calor e todo o suor e dores de cabeça e tudo mais, quando você se senta e assiste ao filme, o que lhe vem à mente é "Bom, isso é legal pra caralho". Vou sentir falta". Hardy também ressaltou o calor que sentiu com o figurino. "É quente. É muito, muito, muito quente. Quente a ponto de ficar difícil de respirar", disse. Quando foi questionado se este calor todo e a máscara ajudaram a aumentar o respeito que ele tem pelo Darth Vader, o ator riu e disse: "eu cresci com a trilogia original. E Darth Vader é o mais cool, não é?", dando a entender que ele também quer colocar o seu personagem na lista dos vilões mais legais que existem.



Para terminar, Bale falou sobre o que ele achou do fim da trilogia e a forma como Bruce Wayne/Batman termina. "Estou muito feliz", e saiu com um largo sorriso no rosto.
Confira alguns comerciais do filme, divulgados esta manha.
Comercial #1
Comercial #2
Comercial #3
Comercial #4
A terceira parte da trilogia de Christopher Nolan estreia no Brasil em 27 de Julho.
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