Respondo de imediato pra vocês, e com todas as letras. NÃO. Com um jogo desses, não tem como não se viciar. É bom demais! Sinceramente quem não tá gostando ou só critica, tá em estado vegetativo, só pode! Um episódio épico, cheio de ação, efeitos especiais e, certamente, um dos melhores da série (a cena de heroísmo do Clark nesse episódio é o melhor da série!)
PREVIONSLY
O "previonsly" por si só já é sensacional. O início com Tess executando uma missão da Xeque-Mate, com cenas de ação 'a la Watchmen/Matrix' ficaram muito boas (apesar de forçadas em alguns aspectos). Ainda nessa cena, o Arqueiro Verde entra em ação (que salto hein, Oliver!). Após salvar a "vítima", Tess alveja o Arqueiro, revelando ao espectador ter sido tudo uma armação para capturar o herói.
Um aspecto muito interessante nesse episódio é que percebemos o grau de poder da organização, com agentes infiltrados por todo o cenário. A influência da Xeque-Mate foi transmitida com competência, mostrando que a organização não é apenas um grupo de fanáticos patriotas, mas um esquadrão poderoso cheio de recursos que fará de tudo para manter o seu país em segurança. E como Amanda Waller disse (she is back!), eles já sabem da existência de aliens entre eles, inclusive das identidades falsas.
O episódio, dirigido com competência por Tim Scanlan (surprendeu! quero mais epis desse cara!), abusou de um ótimo visual, com cenas deslumbrantes, que imediatamente nos lembravam o capricho do telefilme "Absolute Justice". Aliás, "Checkmate" poderia muito bem ser uma continuação direta do telefilme. O roteiro de John Chisholm é direto, empolgante, e faz o espectador mergulhar de cabeça na história, sem tempo para fillers. A partir de hoje, diretor e roteirista desse episódio passam a integrar minha lista de preferidos. Aí estava seu verdadeiro aprendiz escondido, Greg Beeman!
A fuga do Arqueiro Verde também foi eletrizante! Mas a melhor cena do playboy esmeralda certamente foi a que ele dividiu com Tess no jantar beneficente, em que a presidente da LuthorCorp descobre o segredo de Oliver, e a sequência onde eles se confrontam numa sala reservada. Cena bem construída, onde vemos os sentimentos de Tess aflorarem. Ali não se sabia quem estava mais surpreso e assustado: Oliver ou Tess. Muito boa! Poderia perfeitamente estar num filme de super-herói.
Aliás, Tess foi um dos destaques desse episódio. Se já não bastasse a cena inicial, e o segredo descoberto, ela ainda foi confrontada pelo Borrão, que ameaçou jogá-la do alto de uma torre se ela não contasse a localização da Xeque-Mate. Muito boa essa cena, e mostra de uma vez por todas que Clark não está pra brincadeiras: mexeu com seus amigos, vai sofrer! Muitos podem estranhar essas atitudes dele, mas vendo pelo lado da Era de Ouro dos quadrinhos em que o Superman era mil vezes pior, é uma faceta interessante de se acompanhar. Afinal, pra quem reclamou que em 8 temporadas ele não tinha atitude, tá ai a 9ª temporada. Além de tudo isso, ainda tem o encontro de Tess e Oliver no final, em que ela chora, demonstra seus sentimentos, diz que seu pescoço está por um fio (ela quer sair da Xeque-Mate, e só há uma maneira de se fazer isso!), e ainda pede perdão a Oliver. O playboy fica mexido pela situação (percebe-se que ele ainda sente algo por ela), mas joga na cara dela que ela o traiu e a avisa para ficar longe de seus amigos ou vai sofrer. Definitivamente Tess ganhou meu respeito. A ambiguidade que vinha sido mostrada da personagem até aqui cai por terra com uma ótima interpretação da atriz Cassidy Freeman. Será que com isso as chances de ser Tess a morrer na season finale, aumentam?
Bem, o episódio não foca somente em Oliver e Tess. Na verdade, aqui está outro grande trunfo do episódio. A história sabe balancear entre todos os personagens. John Jones finalmente ganhou um espaço maior na série. Além de apresentar novos poderes (e sua fraqueza), o marciano se destacou por se tornar uma incógnita na trama dessa temporada. Partirá dele agora algumas respostas para o grande mistério que envolve o final dessa temporada. Vimos que ele está envolvido com "o jogo" da Xeque-Mate, trabalhando para alguém "maior" que Amanda Waller, conhecido até o momento apenas como "o jogador vermelho". Fica o mistério de quem será esse personagem. Apostava minhas fichas em Maxwell Lord ou em Martha Kent (os spoilers dizem que ela volta para "algo mais do que uma visita" em Hostage). Bem, como o Caçador de Marte "trabalha" para esse jogador, então não pode ser Maxwell, pois segundo os spoilers, a intenção dele é acabar com os heróis fantasiados (ao contrário de Amanda, que quer reuni-los). Nesse caso, pode ser Martha...ou também outro personagem. Mas quem? Lex? Lana? ...? Seja quem for, espero que não vire outro "mistério esquecido" como o famoso "X da 8ª temporada" (até hoje não se sabe quem era. Amanda não era. Então só sobram cogitações...Lex? Lana? Outro?)
Falando em Amanda, aqui pudemos conhecer um pouco mais da Rainha Branca. A famosa anti-heroína da DC Comics mantém sua ambiguidade também na série. Ela é do tipo que "os fins justificam os meios", modelo bem famoso em "Smallville", por sinal. Ela busca o bem maior para todos. Ela quer salvar sua pátria. Nem que isso signifique patricar o mal para alcançar um bem. Vemos isso quando Chloe (a "Torre de Vigilância") é sequestrada pelos agentes da organização. Nada de Borrão ou Arqueiro Verde. A peça principal do "jogo" de Amanda é a chamada Torre de Vigilância, da qual vem todas as informações que a Xeque-Mate precisa. Faz sentido, afinal ela tem a ficha de todos os heróis da Liga, nomes, endereços, etc.
E finalmente temos o encontro mais esperado: Clark x Amanda. Esse encontro me lembrou muito situações em que o Superman se vê diante de uma ameaça humana e é obrigado a recuar pois tal inimigo tem uma arma maior do que um superpoder: a chantagem contra vidas humanas! O Borrão surge nas sombras e confronta a agente. Mas aí o homem de aço não conta com algo que eu citei acima: mente vence músculos. Amanda mostra numa tela Chloe com várias armas apontadas na sua cabeça e chantageia o Borrão a revelar seu rosto, entregar informações sobre os membros da Liga e jurar fidelidade ao Xeque-Mate. Clark revela seu rosto, mas antes de ceder as outras chantagens, a energia é cortada (graças ao Oliver). O herói aproveita o momento para salvar a amiga e o que vemos a seguir é um deleite de efeitos para os nossos olhos, com a cena de ação/salvamento mais épica, mitológica e clássica de toda a série até aqui. Dividos em takes, vemos (em câmera lenta) o Borrão socar os gaurdas para depois deter a bala que vai na direção de Chloe. Detalhe: a cada movimento, uma tela preta, acende e vemos outra tomada de ação. Simplesmente fantástico!
É uma verdadeira adaptação de um quadrinho de ação transportado para a tela. Nerds, enfartai-vos!
Claro que todo esse show visual não seria o suficiente para dar o título de um dos melhores episódios da série, se não tivesse um roteiro energético e inteligente. O que ficou após o fim desse episódio foi o gosto de quero mais. Vai ser difícil aguentar até "Upgrade", que dirá a season finale, que promete ser A melhor até aqui. Parabéns a toda equipe técnica e ao elenco, que nos brindaram com um episódio fenomenal. É uma pena que, devido ao horário em que é transmitido, a série não tenha a audiência merecida. Pois merecia beeeeeeeeem mais! Torcendo para que, na 10ª temporada, a CW mude a série para um horário melhor! Afinal, durante muitos anos quem pagou a conta da emissora foi "Smallville"!
Essa foi uma review diferente das que eu costumo fazer. Bem, um episódio diferente merece uma resenha diferente. Espero que tenham gostado. Se não, tudo bem. "Checkmate" por si só já é um bom contentamento.
NOTA 10
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